quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mosaico em movimento





Caderno G - Publicado em 30/10/2008 | Da Redação com a colaboração de Renata Ortega

Bailarinos do Teatro Guaíra revelam seu lado criador no Atelier Coreográfico, que se inicia hoje no Teatro José Maria Santos.

Expor novas propostas coreográficas, concepções inéditas de cenário e figurino e opções musicais é a meta do Atelier Coreográfico, espetáculo apresentado pelo Balé Teatro Guaíra (BTG) a partir de hoje, no Teatro José Maria Santos. A segunda edição do evento, desde sua retomada no ano passado, é composta por nove coreografias desenvolvidas pelos bailarinos profissionais que integram a companhia.

Segundo a diretora do BTG, Carla Reinecke, o evento é uma oportunidade para que os dançarinos exerçam outras funções além da interpretação da dança. Eles se transformam em cenógrafos, figurinistas, coreógrafos, diretores musicais, diretores de palco, produtores e realizam outras tarefas necessárias ao desenvolvimento das produções. “O trabalho funciona como uma formação complementar que, além de revelar novos talentos, prepara-os para a continuidade da carreira, mesmo após o encerramento das atividades como bailarino”, diz a diretora. A proposta do Atelier Coreográfico surgiu em 1980, com o então diretor da companhia Carlos Trincheiras, e foi mantida até 1998. No ano passado, Carla Reinecke resolveu retomar a idéia.

Nove peças

Neste ano, o resultado dos trabalhos do Atelier são nove coreografias bastante diversificadas. Inspirada em uma antropofagia simbólica, a montagem Koitxagnaré discute as formas pelas quais o ser humano se devora e se consome. Já Laura Power Conceição mostra como as pressões da sociedade e da cultura engendram a identidade e os limites do indivíduo. Considerando que o tempo e a velocidade são elementos fundamentais para o homem, Pulse faz um estudo sobre a velocidade.

Também entre as peças criadas pelos próprios bailarinos estão Eureka, uma oportunidade de ver outros corpos interpretando e conjugando movimentos breves que vêm de estímulos naturais e espontâneos de um corpo original; Dois a Dois , que executa uma sucessão rítmica de passos e movimentos comuns do corpo ao compasso da música; e Vulto, coreografia que pretende traduzir o sentimento de um tempo passado, de algo que havia sido desejado.

Serviço

Atelier Coreográfico do Balé Teatro Guaíra. Teatro José Maria Santos (R. 13 de Maio, 655), (41) 3304-7982. De 30 de outubro a 2 de novembro. Quinta a sábado, às 20h30; domingos, às 18 horas. Ingressos a R$10, a venda na Bilheteria do Teatro e nas Livrarias Curitiba (Shopping Estação).

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Atelier Coreográfico do Balé Teatro Guaíra Edição 2008.










Dias(s): 30 de outubro à 02 de novembro

Horário(s): Quinta a sábado às 20h30, domingos às 18h

Auditório: José Maria Santos(José Maria Santos)

Ingressos: R$10,00 - Desconto de 50% para portadores do Cartão Teatro Guaíra.

Postos de Venda: Bilheteria do Teatro, Livrarias Curitiba (Shopping Estação) e Internet.

Data de Início das Vendas: Informações 3304-7982

Classificação: Livre

Novas propostas coreográficas, opções diferentes do ponto de vista musical e concepções inéditas de cenários e figurinos são os elementos que compõem o Atelier Coreográfico. De maneira semelhante ao que acontece no campo das artes plásticas – com seus salões periódicos, mostras de novos artistas e outros eventos semelhantes - diversas propostas coreográficas são apresentadas pelos bailarinos integrantes da companhia para compor um espetáculo que se constitui num mosaico dessas idéias. A atual edição apresenta nove novos trabalhos dos integrantes do Balé Teatro Guaíra.

Todas as funções necessárias à montagem dos trabalhos são exercidas também por bailarinos, que se transformam em cenógrafos, figurinistas, coreógrafos, diretores musicais, diretores de palco, produtores, divulgadores, projetistas gráficos e realizam outras tarefas necessárias ao desenvolvimento das produções, o que cria de maneira efetiva oportunidades do conhecimento de práticas diversas que não só as inerentes ao ato de dançar, permitindo-lhes assim a continuidade da carreira, mesmo após o encerramento das atividades como bailarino.

A introdução do Atelier Coreográfico na programação anual do Balé Teatro Guaíra, se deu em 1980 com Carlos Trincheiras, então Diretor da companhia. Sua última edição ocorreu em 1998. A atual Diretora do Balé Teatro Guaíra, Carla Reinecke, resolveu retomar a idéia, diante dos resultados efetivos que a mesma apresentou nos períodos em que foi desenvolvida, haja vista o grupo significativo de bailarinos integrantes das formações anteriores do BTG que hoje exercem as mais diversas funções ligadas à dança, junto ao BTG, ao Guaíra 2 e à Escola de Dança do Teatro Guaíra, bem como a outras instituições.

A atual edição do Atelier Coreográfico apresenta nove novos trabalhos criados e apresentados pelo corpo de bailarinos profissionais do BTG.

Koitxagnaré, que na língua dos índios Suruís (Rondônia) quer dizer : “ Vou comer você...” Apreciando-se a virtude do outro através da carne, reconhecia-se a humanidade e o valor do inimigo, o devorado renascia em seu semelhante, caracterizando um “ritual antropofágico.”
Nessa montagem nos inspiramos em uma antropofagia simbólica para falarmos das várias formas que o se humano se devora, se consome, e a necessidade que isso acontece ara as cadeias alimentares ou ritos da existência humana sobrevivam.

“Tomai e comei, este é o meu corpo...”
Coreógrafo: Rodrigo Mello.
Música: Brasilian Vibe/ Kay/ Mawaca.
Figurino, cenário e iluminação: Rodrigo Mello e Marcio Pimentel.
Elenco: Alessandra Lange, Juliana Rodrigues, Juliane Englhardt, Luciana Voloxki, Mari Paula, Nina monteiro, Patrícia Machado, André Neri, Carlos Matos, David Caldas, Diego Mejia, Igor Vieira, Manuel Goems e Robson Schmoeller.

Petit Coeur:
Muito mais que seu punho.
Coreógrafo: Robson Schmoeller.
Música: Love Affer Ennio Morricone.
Figurino, cenário e iluminação: Robson Schmoeller.
Ensaiador: Ian Mickiewicz.
Elenco: Robson Schmoeller.

Pulse:
Um estudo sobre velocidade. Tentativa de tornar possível o que é rápido em lento e vice-versa. Vivemos um tempo na era da urgência onde tempo e velocidade são elementos fundamentais de nossa existência.
Coreógrafo: Airton Rodrigues.
Música: Jhonta Austin.
Figurino, cenário e iluminação: Airton Rodrigues.
Ensaiador: Daniel Siqueira.
Elenco: Airton Rodrigues e Patrícia Machado.

Laura Power Conceição:
Uma discussão sobre a máscara, a identidade e o personagem situados num corpo. Um livre exercício bem humorado que mostra como as pressões da sociedade e da cultura engendra a identidade e os limites do indivíduo.
Coreógrafo: Cláudio Fontan.
Música: Colagem musical (Lúcio Alves e Cyro Monteiro)
Figurino: Soraya Felício e Cláudio Fontan.
Cenário: Cláudio Fontan.
Iluminação: Daniel Siqueira e Cláudio Fontan.
Ensaiador: Daniel Siqueira.
Elenco: Alex Cajé e Juliane Englhardt.

Eureka:
Eureka é a oportunidade de saciar uma curiosidade pessoal em ver outros corpos interpretando movimentos que vem de estímulos naturais e espontâneos de um corpo original. São movimentos breves. clickis, insights, estalos, conjugando movimento e musica em uma mesma idéia: a descoberta.
Coreógrafo: Diego Mejia.
Música: Colagem musical.
Figurino e cenário: Diego Mejia.
Elenco: Juliane Englhardt, Patrícia Machado, Nina Monteiro e André Neri.
Agradecimento: Edson Bueno.
Apoio: Imaginárium (Shopping Mueller)

Entre 2:
A natureza humana, desde os primórdios da existência luta com a dualidade inerente a ela: agir pela razão ou pela emoção? Como viver afinal, entre a razão e a emoção, sem que nosso interior seja o grande palco de um duelo sentimental entre essas duas guerreiras da alma, que confudem nossos sentidos e brincam com o tempo, criam e matam esperanças, desafiam a felicidade, julgam, absovem e condenam tantos outros sentimentos? Entre dois divide-se a alma e cada parte corre num círculo eterno sem nunca se tocar, apenas vislumbrando a outra, tentando se fundir, se completar.
Coreógrafo: Igor Vieira.
Música: Metamorphoses two Philipe Glass.
Figurino e iluminação: Igor Vieira.
Elenco: Luciana Voloxki e Manuel Gomes.

Dois a dois:
Dançar: executar só ou em conjunto com uma ou mais pessoas um se]ucessão rítmica de passos e movimentos do corpo comumente ao compasso de música. Mover-se ligeira e rapidamente para cima e para baixo ou ao redor. Saltar, satitar, girar sobre uma superfície, sobre a água ou ar.
(Dicionário Michaellis da Língua Portuguesa)
Coreógrafo: Jorge Schneider.
Música: Time ater time (Flying Pickets)
Figurino: Criação coletiva.
Iluminação: Cleverson Cavalheiro.
Elenco: Soraya Felício, Simone Bonisch, Jorge Schneider e Ricardo Garanhani.

Vulto:
Fração de algo que há um tempo consistente; material presente, agora apenas uma sensação. Um sentimento que perdura de um tempo passado, de algo que havíamos desejado.
Coreógrafo: Rodrigo Mello.
Música: Drumming by number.
Figurino, cenário e iluminação: Rodrigo Mello.
Elenco: Eleonora Greca e Rodrigo Mello.

Um olhar para o deserto:
Obra coreográfica embasada na técnica do Jazz dance.
Coreógrafo: Robson Schmoeller.
Música: Coalgem musical.
Figurino, cenário e iluminação : Robson Schmoeller.
Elenco: Daiane Camargo, Déborah Chibiaque, Luciana Voloxki, Nina Monteiro, Igor Vieira, Manuel Gomes e Eraldo Alves.