terça-feira, 25 de setembro de 2012

Teatro Guaíra leva dança e ópera a sete cidades do interior do Paraná

 

O Teatro Guaíra inicia no próximo sábado (29) uma turnê por sete cidades do interior do Paraná. A população terá oportunidade de assistir a três apresentações: a adaptação da ópera “Bastião e Bastiana”, de Mozart, e dois espetáculos do Balé Teatro Guaíra. As apresentações, com entrada grátis, acontecerão em Apucarana, Maringá, Paranavaí, Loanda, Umuarama, Morretes e Antonina.

A turnê começa por Apucarana, com “Bastião e Bastiana”, no sábado (29) às 20h30, no Cine Teatro Fênix. O elenco é formado pelos cantores Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono). No domingo (30), no mesmo local, o Balé Teatro Guaíra apresenta “A Sagração da Primavera”, coreografia de Olga Roriz, com música do compositor russo Igor Stravinsky. A obra, que estreou em Curitiba em junho, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão), foi escrita em 1913, com base em um ritual pagão, no qual uma adolescente é sacrificada ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

RUAS – O projeto traz também criações dos bailarinos, que se colocam como propositores e articuladores de experiências artísticas. Ruas, calçadas e prédios servem de ambientação para seus trabalhos. “A ideia é oferecer ao bailarino a oportunidade de uma nova experiência criativa, uma possibilidade de expandir o olhar para o ambiente urbano no contato direto com o público. Uma troca que acontece em tempo real”, explica Cintia Napoli, diretora do Balé Teatro Guaíra.

O Balé também apresenta este espetáculo no dia 2 de outubro, em Maringá, dia 9, em Loanda e dia 13, em Umuarama. Os locais e horários ainda serão definidos em cada cidade.

ÓPERA – A adaptação da ópera de Bastien und Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart, tem direção de Rafael Camargo, direção musical de Denise Sartori, cenário e figurinos de Gelson Amaral Gomes. A encenação se passa no cenário campestre de uma aldeia e gira em torno de três personagens: Bastienne (Bastiana), uma pastora de ovelhas, Bastien (Bastião), seu pretendente, e o Sr. Matoso (Colas), o mágico que tenta ajudar os dois jovens a se entenderem.













Confira a programação completa:

Setembro:


Apucarana - Cine Teatro Fênix Dia 29, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 30, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Outubro:

Maringá – Teatro Calil Haddad

Dia 2, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dias 3 e 4, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Paranavaí – Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa

Dia 6, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 7, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Loanda- Cine Teatro Guanabara

Dia 9, às 20h (Bastião e Bastiana)

Dia 10, às 20h (Sagração da Primavera)

Umuarama – Centro Cultural Schubert

Dia 13, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 14, às 19h30 (Sagração da Primavera)

Morretes – Teatro Municipal

Dia 19, às 20h (Bastião e Bastiana)

Antonina – Theatro Municipal

Dia 20, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Entrada gratuita

Ficha Técnica:

Ópera Bastião e Bastiana

Adaptação da obra Bastien und Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart

Direção: Rafael Camargo

Direção musical: Denise Sartori

Cenário e figurinos: Gelson Amaral Gomes

Elenco: Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono).

Ficha técnica:

Sagração da Primavera – Balé Teatro Guaíra

Direção e Coreografia: Olga Roriz

Música: Igor Stravinsky (A Sagração da Primavera)

Cenário: Pedro Santiago Cal

Figurinos: Olga Roriz e Pedro Santiago Cal

Desenho de luz: Clemente Cuba

Ensaiadora: Sylvia Rijmer

Desenho de som: Sérgio Milhano

Direção: Balé Teatro Guaíra – Cintia Napoli

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cine Teatro Fênix recebe espetáculos do Guaíra

A Fundação Cultural de Apucarana (Funcap) comunica que o Cine Teatro Fênix recebe nestes dias 29 e 30 (um sábado e domingo), duas grandes atrações vindas de Curitiba.
No dia 29, às 20h30, com entrada gratuita, marque na agenda e compareça para prestigiar “Bastião e Bastiana: Ópera de Mozart”, uma atração do Teatro Guaíra sob direção de Rafael Camargo e musical de Denise Sartori.
Já no dia 30, também às 20h30, com patrocínio da Sanepar, a atração será o Balé Teatro Guaíra com o espetáculo “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky e coreografia de Olga Roriz. Para este evento, os ingressos já estão à venda a preços populares: R$10 (inteira) e R$5 (beneficiários da meia-entrada).
Mais informações pelo site www.teatroguaira.pr.gov.br ou pelo telefone 3423-2944.

Serviço:

Teatro Guaíra Apresenta:
Ópera - Bastião e Bastiana - Mozart
29/09 – Sábado
HORÁRIO – 20h30
LOCAL – Cine Teatro Fênix
Entrada gratuita

Balé Guaíra Apresenta
Sagração da Primavera
30/09 – Domingo
HORÁRIO – 20h30
LOCAL – Cine Teatro Fênix
INGRESSOS – R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (Meia)

BALÉ TEATRO GUAÍRA

Criado em 1969, o Balé Teatro Guaíra teve diretores e coreógrafos de renome internacional em seu percurso, tendo acumulado mais de 130 coreografias realizadas. Teve como primeiros diretores Ceme Jambay, Yara de Cunto, Yurek Shablewski, Hugo Delavalle e Eric Waldo.

Em 1979, o coreógrafo português Carlos Trincheiras assumiu a direção e permaneceu até 1993. Nesse período a companhia ganhou reconhecimento internacional, com destaque para a obra O Grande Circo Místico, inspirada no poema de Jorge de Lima, com música especialmente composta por Edu Lobo e Chico Buarque. Izabel Santa Rosa, Jair Moraes, Marta Nejm, Christina Purri, Susana Braga, Carla Reinecke, Andréa Sério, também dirigiram e contribuíram com a construção da história do Balé.

Além das criações dos próprios diretores, coreógrafos como John Butler, Milko Sparembleck, Vasco Wellemkemp, Olga Roriz, Maurice Bejárt, Ana Mondini, Luis Arrieta, Henning Paar, Julio Mota, Tíndaro Silvano, Márcia Haydée, Ana Vitória, Eduardo Ibañez, Andréa Lerner, Rosane Chameki, Roseli Rodrigues, Rodrigo Pederneiras, Henrique Rodovalho, Felix Landerer, David Zambrano, Luiz Fernando Bongiovanni, Rui Moreira e Carmen Jorge, realizaram coreografias para a companhia.

Atualmente sob direção de Cintia Napoli, com 27 bailarinos e sete estagiários, diversidade é a marca deste grupo que consegue, no palco ou na rua, mostrar que o balé vai além das sapatilhas de ponta, das piruetas e rodopios. Ele nos revela, há mais de 40 anos, que na arte da dança o espaço está aberto para todos os pontos de vista.

A Sagração da Primavera (Le Sacre Du Printemps)

Stravinsky iniciou a composição de A Sagração da Primavera a partir de um sonho que teve com um grande ritual sacro-pagão. No rito, velhos sábios sentados em círculo observavam a dança mortal de uma adolescente que sacrificavam para oferecer ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

Estreou em 29 de maio de 1913, sob a direção do maestro Pierre Monteux e coreografia de Vaslav Nijinsky, no Teatro dos Champs-Élysées, em Paris. Na apresentação, Stravinsky foi idolatrado pelos vanguardistas, mas a obra causou indignação nos mais conservadores por se tratar de uma composição sobre rituais de tribos pagãs da Rússia Antiga.

A Sagração da Primavera revelou a chegada do mundo moderno, renunciando ao universo da lógica e da objetividade.


IGOR STRAVINSKY (1882-1971)

Considerado um dos gênios do século XX – não apenas da música, mas entre todas as artes, acompanhado por Pablo Picasso, na pintura, e James Joyce, na literatura. Nasceu na Rússia e naturalizou-se francês e norte-americano.

Teve aulas com o compositor Rimsky-Korsakov. Na primeira apresentação pública, com a peça Fogos de Artifício, foi convidado pelo empresário Sergei Diaghilev para escrever músicas para sua companhia de balé.

Em 1910, a estreia do balé O Pássaro de Fogo foi sucesso instantâneo. Na época dos conflitos da Primeira Guerra, mudou-se para Suíça e compôs mais alguns balés, como a “A Sagração da Primavera”.

Com o fim da guerra, instalou-se em Paris, onde era muito reconhecido e recebeu apoio financeiro da Princesa Polignac. O dinheiro patrocinou diversas composições e apresentações de Stravinsky.

Quando a Segunda Guerra eclodiu, o músico foi viver nos Estados Unidos, em 1939. Já tinha sua música apreciada por intelectuais do país e permitiu a utilização de A Sagração da Primavera por Walt Disney no filme Fantasia (1940).

Tornou-se amigo do regente Robert Craft, que introduziu o compositor ao dodecafonismo e se transformou em uma fonte de ideias para Stravinsky. O ponto alto dessa fase foi Cânticos de Réquiem (1966).

As obras de Igor Stravinsky incluíram estilos musicais clássicos e modernos do século XX e influenciaram compositores durante e após a vida do músico, que recebeu postumamente um prêmio Grammy e uma estrela na Calçada da Fama.