terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Sagração da Primavera volta ao Guairão



O Balé Teatro Guaíra (BTG) e a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) voltam ao palco do Guaíra para apresentar A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky, entre os dias 7 e 9 de dezembro, sexta-feira e sábado às 20h30 e domingo às 18h.

A Sagração da Primavera, de Stravinsky é considerado um dos marcos iniciais da modernidade, que em 2013 completa 100 anos. Coreografada pelo russo Vaslav Nijinsky, a estreia foi em Paris, no teatro dos Champs-Élysées, e foi bem recebida pelos vanguardistas, mas causou indignação nos mais conservadores por tratar de um grande ritual sacro-pagão. Na coregrafia, velhos sábios sentados em círculo observa a dança mortal de uma adolescente oferecida ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

A montagem apresentada pelo Balé Teatro Guaíra, coreografada por Olga Roriz se distancia do conceito original em dois aspectos: o protagonismo incomum do personagem Sábio, que ocupa posição relevante e o fato da personagem eleita não ser tratado como vítima e sim privilegiada por ter sido escolhida e dança sem medo. Os cenários são de Pedro Santiago Cal, que também divide o figurino com Olga Roriz.

Ficha Técnica
A Sagração da Primavera
Direção e Coreografia: Olga Roriz
Música: Igor Stravinsky
Interpretação: Orquestra Sinfônica do Paraná
Maestro: Osvaldo Ferreira
Cenário: Pedro Santiago Cal
Figurino: Olga Roriz e Pedro Santiago Cal

Elenco:
Eleita: Ane Adade / Deborah Chibiaque / Alessandra Lange
Sábio: André Neri / Raphael Ribeiro
Homens e mulheres:
Airton Rodrigues / Alessandra Lange / André Neri / Ane Adade / Alexandre Bóia / Carlos Matos / Daniel Siqueira / Deborah Chiabiaque / Fábio Valladão / Ian Mickiewicz / Juliana Rodrigues / Juliane Engelhardt / Leandro Vieira / Luciana Voloxki / Mari Paula / Mariel Godoy / Nelson Mello / Patrich Lorenzetti / Patricia Machado / Raphael Ribeiro / Reinaldo Pereira / Renata Bronze / Simone Bönisch / Soraya Felício

Serviço:
A Sagração da Primavera com Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná
Dias 7 e 8 de dezembro (sexta e sábado) às 20h30 e dia 9 (domingo) às 18h
Guairão - Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Rua Conselheiro Laurindo, s/nº – Centro. Curitiba).
Ingressos: R$10. Meia-entrada conforme previsto em lei e desconto não cumulativo de 50% para associados do Cartão Teatro Guaíra.
Informações: (41) 3304 7982 | www. teatroguaira.pr.gov.br e www.facebook.com/TeatroGuaira

Fonte: CCTG

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PAUTA DIAS 4, 5 E 6 – BALÉ GUAÍRA E ORQUESTRA SINFÔNICA ENSAIAM “A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA” NO GUAIRÃO



O Balé Teatro Guaíra (BTG) e a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) voltam a apresentar o balé “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky. A coreografia é de Olga Roriz e a regência do maestro Osvaldo Ferreira. O espetáculo será apresentado no auditório Guairão, de sexta-feira (7) a sábado (8), às 20h30, e no domingo (9) às 18 horas.

Nesta terça (4) e quarta-feira (5), os ensaios no palco e com a orquestra serão a partir das 19h30. O ensaio geral, com figurino e orquestra, será na quinta-feira (6), a partir das 20h30. Os cenários são de Pedro Santiago Cal que também divide o figurino com Olga Roriz.

O balé “A Sagração da Primavera”, completará 100 anos em 2013. Coreografado pelo russo Vaslav Nijinsky, com estreia no teatro dos Champs-Élysées, em Paris, foi bem recebido pelos vanguardistas, mas causou indignação aos conservadores por tratar de um grande ritual sacro-pagão. Na coreografia, velhos sábios sentados em círculo observam a dança mortal de uma adolescente oferecida ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

Serviço: ensaios do balé “A Sagração da Primavera”

Datas: terça (4) e quarta-feira (5), ensaio com a orquestra a partir das 19h30; quinta-feira (6), ensaio geral com figurino e orquestra, a partir das 20h30

Local: palco do Guairão

Captação de imagens e entrevistas com a diretora do BTG, Cintia Napoli, e com o maestro da OSP, Osvaldo Ferreira, podem ser marcadas pelos telefones 3304-7948 e 3304-7924.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A sagração da primavera angustia e encanta o público recifense

Grupo fez duas apresentações no Teatro de Santa Isabel dentro da programação do 17º Festival de Dança do Recife.

Intenso, pulsante, com imagens cinematográficas, que vão ficar para sempre cravadas na mente do espectador. Quem não foi ao Teatro de Santa Isabel para ver o Balé Teatro Guaíra em duas apresentações realizadas no último domingo e na noite de segunda-feira, a convite do 17º Festival de Dança do Recife, perdeu a oportunidade de acompanhar uma das peças que revolucionou o modo de se fazer dança no mundo ocidental. O mais incrível é pensar como A sagração da primavera permanece atual, mesmo quase 100 anos depois de sua estreia, em maio de 1913, quando levou uma sonora vaia da intelectualidade parisiense e inaugurou o Modernismo na arte. Somente no domingo, foram 548 pessoas na plateia e camarotes do teatro. Na noite da segunda-feira, o público era menor, mas a parte da plateia estava bem cheia.


A vigorosa versão de criada pela portuguesa Olga Roriz é inspirada na obra original, com coreografia de Nijisnky e música do compositor Stravinsky. Mas também guarda semelhança com a adaptação proposta pela alemã Pina Bausch no começo de seu trabalho à frente da companhia que a consagraria, o Tanztheatre Wuppertal, na década de 1970.

Cabe aos 22 bailarinos no palco contar a história de uma mulher oferecida em sacrifício ao Deus da Primavera, para que fossem boas as colheitas. São 40 minutos de encenação, numa coreografia crescente, que angustia quem vê ao mostrar o horror da eleita diante da morte, as batidas do elenco inteiro com as mãos no peito, a música primorosa, sufocante.

Nos primeiros 10 minutos, apenas os homens estão dançando. O Deus da Primavera primeiro, depois os outros se juntam a ele e trazem sacos com serração (pó de serra), que serão espalhados pelo chão, forrado com um linóleo acinzentado, de algodão. Este elemento é determinante para os efeitos cênicos que se seguem, em momentos como quando as mulheres caem e se erguem balançando os cabelos, todos longos, espalhando o pó amarelado para o alto. Ou quando todo o elenco se debate no chão, como se sofresse convulsões.

As mulheres são todas esguias, trajando vestidos acetinados e coloridos. Os homens usam calça e camisa de botão e todos vão ficando desgrenhados, ofegantes, à medida que se entregam à coreografia. Uma das cenas mais belas e impactantes é quando esguichos de água caem do teto, provocando um efeito visual cinestésico, em que o líquido se espalha como se fossem o espectro de fantasmas, capazes de acalmar e paralisar ao mesmo tempo. Um espetáculo para ficar na memória.

Fonte: Diário de Pernambuco

Fonte 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Balé Teatro Guaíra leva A Sagração da Primavera ao nordeste brasileiro


A mais recente montagem do Balé Teatro Guaíra, “A Sagração da Primavera”, coreografada pela portuguesa Olga Roriz, com música do compositor russo Igor Stravinsky, será levada aos palcos de dois grandes eventos, a Bienal Internacional de Dança do Ceará (Fortaleza), no dia 19 às 21 horas no Theatro José de Alencar e no Festival Internacional de Dança do Recife - FIDR (Pernambuco), dias 21 e 22, às 18 horas, no Teatro Luiz Mendonça.

O Balé Teatro Guaíra, uma das mais importantes companhias de dança do Brasil, é mantida pelo Governo do Paraná. A Sagração da Primavera completa 100 anos de sua estreia, em  2013 e até hoje causa surpresas e emoções. A coreografia estreou em Curitiba em junho deste ano, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão), e já foi apresentada  em  Apucarana, Maringá, Paranavaí, Loanda e Umuarama.

“Participar desses importantes eventos, a Bienal Internacional de Dança do Ceará e o Festival Internacional de Dança do Recife, é motivo de orgulho e alegria. Por isso, estamos trabalhando com muita seriedade para que o Balé Teatro Guaíra tenha a visibilidade que merece”, diz Monica Rischbieter, diretora-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra.

Sagração da Primavera (Le Sacre du Printemps)
– A obra “Sagração da Primavera” é considerada um marco na dança e nas artes, com música do compositor russo Igor Stravinsky, foi escrita em 1913, com base em um ritual sacro pagão, em que uma adolescente é sacrificada ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

A versão escrita por Olga Roriz, prioriza o respeito pela partitura, um dos fatores determinantes para a interpretação na construção dramatúrgica e coreográfica da peça. Dois aspectos se distanciaram do conceito original. “Visões personalizadas, que imprimem à história uma lógica mais possível à minha compreensão, mais aprazível à minha manipulação. Em 1º opção concedi ao personagem do Sábio um protagonismo invulgar, ele inicia a peça. Ainda em silêncio e durante todo o Prelúdio habita o espaço solitário e vazio traçando nos seus gestos um percurso de premunição, antecipação e preparação do terreno para o ritual. A 2º opção que distancia drasticamente do conceito original, reside no fato da personagem da Eleita não ser tratada como uma vítima no sentido dramático da questão. A minha Eleita sente-se uma privilegiada e quer dançar até sucumbir. Em nenhum momento se sente obrigada ou castigada nem o medo a invade. Ela expõe a sua força e energias vitais lutando cegamente contra o cansaço”, explica Olga Roriz.

Festivais
Bienal Internacional de Dança do Ceará
– Esta é a 8ª edição da bienal. São espetáculos, performances, cursos, oficinas e mesas-redondas que compõem a programação e podem ser conferidas no site: http://www.bienaldedanca.com/portal2012/home-portal.html

17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR)
– Entre 19 e 27 de outubro a Prefeitura Municipal de Recife promove o Festival que movimenta a cidade com Workshop e apresentações de grupos nacionais e internacionais no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, em Boa Viagem). Outras informações no site: http://dancarecife.blogspot.com.br/2012/09/ultima-acao-antecipada-do-17-festival.html

Ficha técnica
Sagração da Primavera – Balé Teatro Guaíra
Direção e Coreografia: Olga Roriz
Música: Igor Stravinsky (A Sagração da Primavera)
Cenário: Pedro Santiago Cal
Figurinos: Olga Roriz e Pedro Santiago Cal
Desenho de luz: Clemente Cuba
Ensaiadora: Sylvia Rijmer
Desenho de som: Sérgio Milhano
Direção: Balé Teatro Guaíra – Cintia Napoli


Serviço

Fortaleza
Bienal Internacional de Dança do Ceará
19 de outubro, às 21 horas
Theatro José de Alencar

Recife
Festival Internacional de Dança do Recife
21 e 22 de outubro, às 18 horas
Teatro Luiz Mendonça
Fonte: CCTG

domingo, 14 de outubro de 2012

Bienal Internacional de Dança do Ceará 2012

A Sagração da primavera

Balé Teatro Guaíra (PR)

2012 | 40min | Livre

Inspirada em A Sagração da Primavera, criada por Vaslav Nijinsky, obra que teve uma estreia polêmica em 1913, na França, este espetáculo trata da história de jovem a ser sacrificada como oferenda ao deus da primavera para trazer boas colheitas à tribo. Obra que subverteu a estética artística de sua época, quase um século depois este espetáculo potencializa interlocuções entre o pensamento artístico do mundo moderno e a contemporaneidade.

Direção e coreografia Olga Roriz Assistência de coreografia e ensaiadora Sylvia Rijmer Ensaiadora Márcia de Castro Música Igor Strawinky Cenário Pedro Santiago Cal Figurino Olga Roriz e Pedro Santiago Cal Desenho de luz Clemente Cuba Desenho de som Sérgio Milhano Direção do Balé Teatro Guaíra Cintia Napoli Foto Sergio Vieira

O Balé Teatro Guaíra é uma das companhias oficiais de referência no Brasil. Criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1969, teve como seus primeiros diretores Ceme Jambay e Yara de Cunto. Entre as décadas de 1980 e 1990 a companhia ganha reconhecimento internacional e segue com composições próprias e de coreógrafos de destaque na cena da dança nacional e mundial, com pouco mais de 130 coreografias em seu repertório.

19/10 | 21h | Theatro José de Alencar

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Amanhã, ópera e balé no Centro Cultural de Umuarama





Neste sábado, às 20:30 horas, será apresentada a Ópera “Bastião e Bastiana”, no palco do Centro Cultural de Umuarama. E no domingo, a partir das 19:30 horas, o balé “A Sagração da Primavera”. A entrada é franca ao público, sem nem mesmo necessária a retirada de convites.
Vale frisar que a Companhia Teatro Guaíra iniciou no dia 29 de setembro uma turnê por sete cidades paranaenses, incluindo a Capital da Amizade na rota desses dois espetáculos. A Ópera “Bastião e Bastiana” tem elenco formado pelos cantores Paula Tessarolo (soprano), Hildomas Oliveira (tenor) e Marcos Fernandes (barítono). A apresentação é uma adaptação da obra “Bastien und Bastienne”, de Wolfgang Amadeus Mozart, com direção de Rafael Camargo, direção musical de Denise Sartori e cenário e figurino de Gelson Amaral Gomes. A encenação se passa no cenário campestre de uma aldeia e gira em torno de três personagens: Bastienne (Bastiana), uma pastora de ovelhas, Bastien (Bastião), seu pretendente, e o Sr. Matoso (Colas), o mágico que tenta ajudar os dois jovens a se entenderem.
Já “A Sagração da Primavera” é uma produção da Companhia de Balé Teatro Guaíra e conta com direção e coreografia de Olga Roriz e com música do compositor russo Igor Stravinsky. A obra foi escrita em 1913, com base em um ritual pagão, no qual uma adolescente é sacrificada ao deus da primavera em troca de boas colheitas.
O projeto traz também criações dos bailarinos, que se colocam como propositores e articuladores de experiências artísticas. Ruas, calçadas e prédios servem de ambientação para seus trabalhos. "A idéia é oferecer ao bailarino a oportunidade de uma nova experiência criativa, uma possibilidade de expandir o olhar para o ambiente urbano no contato direto com o público. Uma troca que acontece em tempo real", explica Cintia Nápoli, diretora do Balé Teatro Guaíra.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Maringá recebe apresentações gratuitas de dança e ópera do Teatro Guaíra

Maringá vai receber nesta terça-feira (2) uma apresentação gratuita de dança e ópera do Balé Teatro Guaíra, de Curitiba. O espetáculo “Bastião e Bastiana” será exibido às 20h30, no Teatro Calil Haddad. Na quarta (3) e na quinta-feira (4) o Balé apresenta “A Sagração da Primavera”, também às 20h30, no mesmo local, com entrada franca.

Idealizado pelo Teatro Guaíra, o projeto que levou “Blow Elliot Benjamin”, do G2 Cia de Dança e a adaptação da ópera “Bastião e Bastiana”, de Mozart, para mais de cinco mil pessoas, agora coloca o Balé Teatro Guaíra para completar o roteiro. A ópera leva um novo elenco formado pelos cantores Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono).

Outras 5 cidades vão receber os espetáculos: Paranavaí, Loanda, Umuarama, Morretes e Antonina. A entrada é gratuita para todas as apresentações. A turnê começou por Apucarana na última sexta-feira (29).

O projeto Experiência Urbana traz criações dos bailarinos, que se colocam como propositores e articuladores de experiências artísticas. Ruas, calçadas e prédios servem de ambientação para seus trabalhos.

“A ideia é oferecer ao bailarino a oportunidade de uma nova experiência criativa, uma possibilidade de expandir o olhar para o ambiente urbano no contato direto com o público. Uma troca que acontece em tempo real”, explica Cintia Napoli, diretora do Balé Teatro Guaíra.


Bastião e Bastiana

A adaptação da ópera de Wolfgang Amadeus Mozart tem direção de Rafael Camargo, direção musical de Denise Sartori, cenário e figurinos de Gelson Amaral Gomes. Interpretação de Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono).

A encenação se passa em uma aldeia, num cenário campestre e gira em torno de três personagens – Bastienne (Bastiana), uma pastora de ovelhas, Bastien (Bastião), seu pretendente, e o Sr. Matoso (Colas), o mágico que tenta ajudar os dois jovens a se entenderem.


Outubro
Maringá – Teatro Calil Haddad
Dia 2, às 20h30 (Bastião e Bastiana)
Dias 3 e 4, às 20h30 (Sagração da Primavera)


Ficha Técnica:
Ópera Bastião e Bastiana
Adaptação da obra Bastien und Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart
Direção: Rafael Camargo
Direção musical: Denise Sartori
Cenário e figurinos: Gelson Amaral Gomes
Elenco: Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono).

Ficha técnica:
Sagração da Primavera – Balé Teatro Guaíra
Direção e Coreografia: Olga Roriz
Música: Igor Stravinsky (A Sagração da Primavera)
Cenário: Pedro Santiago Cal
Figurinos: Olga Roriz e Pedro Santiago Cal
Desenho de luz: Clemente Cuba
Ensaiadora: Sylvia Rijmer
Desenho de som: Sérgio Milhano
Direção: Balé Teatro Guaíra – Cintia Napoli

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Teatro Guaíra leva dança e ópera a sete cidades do interior do Paraná

 

O Teatro Guaíra inicia no próximo sábado (29) uma turnê por sete cidades do interior do Paraná. A população terá oportunidade de assistir a três apresentações: a adaptação da ópera “Bastião e Bastiana”, de Mozart, e dois espetáculos do Balé Teatro Guaíra. As apresentações, com entrada grátis, acontecerão em Apucarana, Maringá, Paranavaí, Loanda, Umuarama, Morretes e Antonina.

A turnê começa por Apucarana, com “Bastião e Bastiana”, no sábado (29) às 20h30, no Cine Teatro Fênix. O elenco é formado pelos cantores Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono). No domingo (30), no mesmo local, o Balé Teatro Guaíra apresenta “A Sagração da Primavera”, coreografia de Olga Roriz, com música do compositor russo Igor Stravinsky. A obra, que estreou em Curitiba em junho, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão), foi escrita em 1913, com base em um ritual pagão, no qual uma adolescente é sacrificada ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

RUAS – O projeto traz também criações dos bailarinos, que se colocam como propositores e articuladores de experiências artísticas. Ruas, calçadas e prédios servem de ambientação para seus trabalhos. “A ideia é oferecer ao bailarino a oportunidade de uma nova experiência criativa, uma possibilidade de expandir o olhar para o ambiente urbano no contato direto com o público. Uma troca que acontece em tempo real”, explica Cintia Napoli, diretora do Balé Teatro Guaíra.

O Balé também apresenta este espetáculo no dia 2 de outubro, em Maringá, dia 9, em Loanda e dia 13, em Umuarama. Os locais e horários ainda serão definidos em cada cidade.

ÓPERA – A adaptação da ópera de Bastien und Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart, tem direção de Rafael Camargo, direção musical de Denise Sartori, cenário e figurinos de Gelson Amaral Gomes. A encenação se passa no cenário campestre de uma aldeia e gira em torno de três personagens: Bastienne (Bastiana), uma pastora de ovelhas, Bastien (Bastião), seu pretendente, e o Sr. Matoso (Colas), o mágico que tenta ajudar os dois jovens a se entenderem.













Confira a programação completa:

Setembro:


Apucarana - Cine Teatro Fênix Dia 29, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 30, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Outubro:

Maringá – Teatro Calil Haddad

Dia 2, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dias 3 e 4, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Paranavaí – Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa

Dia 6, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 7, às 20h30 (Sagração da Primavera)

Loanda- Cine Teatro Guanabara

Dia 9, às 20h (Bastião e Bastiana)

Dia 10, às 20h (Sagração da Primavera)

Umuarama – Centro Cultural Schubert

Dia 13, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Dia 14, às 19h30 (Sagração da Primavera)

Morretes – Teatro Municipal

Dia 19, às 20h (Bastião e Bastiana)

Antonina – Theatro Municipal

Dia 20, às 20h30 (Bastião e Bastiana)

Entrada gratuita

Ficha Técnica:

Ópera Bastião e Bastiana

Adaptação da obra Bastien und Bastienne, de Wolfgang Amadeus Mozart

Direção: Rafael Camargo

Direção musical: Denise Sartori

Cenário e figurinos: Gelson Amaral Gomes

Elenco: Paula Tessarolo (soprano), Hildomar Oliveria (tenor) e Marcos Fernandes (barítono).

Ficha técnica:

Sagração da Primavera – Balé Teatro Guaíra

Direção e Coreografia: Olga Roriz

Música: Igor Stravinsky (A Sagração da Primavera)

Cenário: Pedro Santiago Cal

Figurinos: Olga Roriz e Pedro Santiago Cal

Desenho de luz: Clemente Cuba

Ensaiadora: Sylvia Rijmer

Desenho de som: Sérgio Milhano

Direção: Balé Teatro Guaíra – Cintia Napoli

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cine Teatro Fênix recebe espetáculos do Guaíra

A Fundação Cultural de Apucarana (Funcap) comunica que o Cine Teatro Fênix recebe nestes dias 29 e 30 (um sábado e domingo), duas grandes atrações vindas de Curitiba.
No dia 29, às 20h30, com entrada gratuita, marque na agenda e compareça para prestigiar “Bastião e Bastiana: Ópera de Mozart”, uma atração do Teatro Guaíra sob direção de Rafael Camargo e musical de Denise Sartori.
Já no dia 30, também às 20h30, com patrocínio da Sanepar, a atração será o Balé Teatro Guaíra com o espetáculo “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky e coreografia de Olga Roriz. Para este evento, os ingressos já estão à venda a preços populares: R$10 (inteira) e R$5 (beneficiários da meia-entrada).
Mais informações pelo site www.teatroguaira.pr.gov.br ou pelo telefone 3423-2944.

Serviço:

Teatro Guaíra Apresenta:
Ópera - Bastião e Bastiana - Mozart
29/09 – Sábado
HORÁRIO – 20h30
LOCAL – Cine Teatro Fênix
Entrada gratuita

Balé Guaíra Apresenta
Sagração da Primavera
30/09 – Domingo
HORÁRIO – 20h30
LOCAL – Cine Teatro Fênix
INGRESSOS – R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (Meia)

BALÉ TEATRO GUAÍRA

Criado em 1969, o Balé Teatro Guaíra teve diretores e coreógrafos de renome internacional em seu percurso, tendo acumulado mais de 130 coreografias realizadas. Teve como primeiros diretores Ceme Jambay, Yara de Cunto, Yurek Shablewski, Hugo Delavalle e Eric Waldo.

Em 1979, o coreógrafo português Carlos Trincheiras assumiu a direção e permaneceu até 1993. Nesse período a companhia ganhou reconhecimento internacional, com destaque para a obra O Grande Circo Místico, inspirada no poema de Jorge de Lima, com música especialmente composta por Edu Lobo e Chico Buarque. Izabel Santa Rosa, Jair Moraes, Marta Nejm, Christina Purri, Susana Braga, Carla Reinecke, Andréa Sério, também dirigiram e contribuíram com a construção da história do Balé.

Além das criações dos próprios diretores, coreógrafos como John Butler, Milko Sparembleck, Vasco Wellemkemp, Olga Roriz, Maurice Bejárt, Ana Mondini, Luis Arrieta, Henning Paar, Julio Mota, Tíndaro Silvano, Márcia Haydée, Ana Vitória, Eduardo Ibañez, Andréa Lerner, Rosane Chameki, Roseli Rodrigues, Rodrigo Pederneiras, Henrique Rodovalho, Felix Landerer, David Zambrano, Luiz Fernando Bongiovanni, Rui Moreira e Carmen Jorge, realizaram coreografias para a companhia.

Atualmente sob direção de Cintia Napoli, com 27 bailarinos e sete estagiários, diversidade é a marca deste grupo que consegue, no palco ou na rua, mostrar que o balé vai além das sapatilhas de ponta, das piruetas e rodopios. Ele nos revela, há mais de 40 anos, que na arte da dança o espaço está aberto para todos os pontos de vista.

A Sagração da Primavera (Le Sacre Du Printemps)

Stravinsky iniciou a composição de A Sagração da Primavera a partir de um sonho que teve com um grande ritual sacro-pagão. No rito, velhos sábios sentados em círculo observavam a dança mortal de uma adolescente que sacrificavam para oferecer ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

Estreou em 29 de maio de 1913, sob a direção do maestro Pierre Monteux e coreografia de Vaslav Nijinsky, no Teatro dos Champs-Élysées, em Paris. Na apresentação, Stravinsky foi idolatrado pelos vanguardistas, mas a obra causou indignação nos mais conservadores por se tratar de uma composição sobre rituais de tribos pagãs da Rússia Antiga.

A Sagração da Primavera revelou a chegada do mundo moderno, renunciando ao universo da lógica e da objetividade.


IGOR STRAVINSKY (1882-1971)

Considerado um dos gênios do século XX – não apenas da música, mas entre todas as artes, acompanhado por Pablo Picasso, na pintura, e James Joyce, na literatura. Nasceu na Rússia e naturalizou-se francês e norte-americano.

Teve aulas com o compositor Rimsky-Korsakov. Na primeira apresentação pública, com a peça Fogos de Artifício, foi convidado pelo empresário Sergei Diaghilev para escrever músicas para sua companhia de balé.

Em 1910, a estreia do balé O Pássaro de Fogo foi sucesso instantâneo. Na época dos conflitos da Primeira Guerra, mudou-se para Suíça e compôs mais alguns balés, como a “A Sagração da Primavera”.

Com o fim da guerra, instalou-se em Paris, onde era muito reconhecido e recebeu apoio financeiro da Princesa Polignac. O dinheiro patrocinou diversas composições e apresentações de Stravinsky.

Quando a Segunda Guerra eclodiu, o músico foi viver nos Estados Unidos, em 1939. Já tinha sua música apreciada por intelectuais do país e permitiu a utilização de A Sagração da Primavera por Walt Disney no filme Fantasia (1940).

Tornou-se amigo do regente Robert Craft, que introduziu o compositor ao dodecafonismo e se transformou em uma fonte de ideias para Stravinsky. O ponto alto dessa fase foi Cânticos de Réquiem (1966).

As obras de Igor Stravinsky incluíram estilos musicais clássicos e modernos do século XX e influenciaram compositores durante e após a vida do músico, que recebeu postumamente um prêmio Grammy e uma estrela na Calçada da Fama.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um ritual pagão em pleno Guaíra


Gazeta do Povo - Caderno G - HELENA CARNIERI
Apresentação de A Sagração da Primavera pelo balé do teatro com música da Orquestra Sinfônica atualiza relevância e ousadia das duas instituições
Adaptar ícones da história da arte nunca é fácil e, talvez por isso, a coreógrafa Olga Roriz tenha se mantido longe de A Sagração da Primavera por muito tempo.
Há alguns anos, porém, foi convencida de que seu estilo de dança renderia uma boa versão da obra revolucionária de Vaslav Nijinski, cujo balé, criado sobre a composição de Igor Stravinski, foi recebido em 1913 com entusiasmo pela vanguarda e com ojeriza pelos conservadores (veja o serviço completo do espetáculo no Guia Gazeta do Povo).
Entrevista
Osvaldo Ferreira, maestro a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP).
“Uma das maiores obras da história da música”
Rafael Rodrigues Costa
O regente titular da OSP fala sobre o desafio de preparar A Sagração da Primavera, de Igor Stravinski (1882–1971), e explica a importância e as particularidades da obra, que estreou em 1913.
A nova coreografia de Olga Roriz para A Sagração da Primavera inspirou também uma interpretação mais particular da OSP para a composição de Stravinski?
Para a orquestra, a margem é sempre menor. E a música de Stravinski é muito pragmática, muito concreta. Ele escreve de um jeito que quase não permite grandes variações. Elas acabam surgindo mais para dar corpo às ideias da coreografia. Há apenas pequenos ajustes de tempo e dinâmicas.
A obra é lembrada como inovadora em sua época, e até como inauguradora da música moderna. Que características lhe conferem esta posição?
Até podemos dizer que é uma obra que rasga com todo um passado, mas não é tanto assim. Houve vários caminhos que convergiram para que ela acontecesse. Havia muitos movimentos no início do século 20. Stravinski teve o mérito de colocar muitas ideias embrionárias em um lugar só. Mas faz coisas realmente inusitadas na obra. Ele deixa o conteúdo melódico e a forma tradicional de usar os instrumentos da orquestra de lado. E é quase uma Bíblia para alguns em suas ideias da orquestração e assimetria rítmica – que, ao fim e ao cabo, é o que realmente mexe muito com as pessoas.
Foi o rompimento com essas “regras” que deu origem ao famoso tumulto da estreia da obra, em 1913?
A verdadeira razão para a obra ter sido vaiada e mal aceita por alguns na estreia, cada vez mais gente diz, na realidade foi o fato de a obra ter sido muito mal preparada e tocada. E, quer queira, quer não, porque a coreografia original, apesar de diferente, era monótona. As duas coisas combinadas não favoreceram a estreia. Mas, pouco depois, todos reconheceram que estavam à frente de uma das maiores obras da história da música.
Hoje ela ainda carrega esses traços de ruptura? Ainda tem impacto?
Hoje já é quase uma obra que pode ouvir quem ouve uma sinfonia de Beethoven, para quem está familiarizado com a música sinfônica. Mas tem impacto, sem dúvida. É uma obra que, mesmo para quem toca, para quem rege, é algo maravilhoso.
Serviço
A Sagração da Primavera
Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/nº),            (41) 3304-7900      .
Com o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná.
Dias 21, 22 e 23, às 20h30, e dia 24, às 18 horas. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada).Classificação indicativa: livre.
Satisfeita com o resultado, a portuguesa trouxe a obra ao Balé Guaíra, que estreia a novidade hoje, 30 anos depois da primeira experiência do corpo de baile da casa com a obra-prima, coreografada então por Carlos Trincheiras. Agora, a música executada pela Orquestra Sinfônica amplia a relevância da produção (leia a entrevista ao lado com o maestro Osvaldo Ferreira).
A trama, inspirada em tradições pagãs e que mostra uma jovem designada pelo sábio da aldeia para o sacrifício de dançar até morrer em prol de boas colheitas, requer boas interpretações individuais dos protagonistas.
E essa é a especialidade de Olga, que conversou com a Gazeta do Povo. “Creio que consigo trabalhar bem a paixão, a morte e o sexo nos personagens. Minha linguagem é muito ritualística”, explica.
A moça eleita para dançar até a morte é vivida no balé por Ane Adade, com Alessandra Lange e Deborah Chibiaque como substitutas. O sábio, por André Néri e Raphael Ribeiro.
Relevância
Em dois atos, com um intervalo e total de 40 minutos, A Sagração da Primavera foi dividida originalmente em “Adoração da Terra” e “O Sacrifício”. Na música, Stravinski tirou inspiração de danças populares eslavas e privilegiou o ritmo primitivo e rústico em detrimento da melodia, o que, para o início do século 20, foi entendido como uma ofensa.
A partir da música, o trabalho da coreografia foi dar vida aos personagens, com uma visão teatral da dança. “Eu já tinha visto a versão de Pina Bausch e a achei perfeita. Não era necessário para minha carreira fazer algo que teria tantas comparações. Mas, então, ouvi de novo [a obra musical de Stravinski] e me apaixonei. E já não havia como voltar atrás.”
Ao criar sua visão dos movimentos para o balé, a artista se surpreendeu com a facilidade com que a obra “saiu de seu corpo”, “de maneira muito instintiva, o que tem a ver com a música e o tema”. Para ela, isso contribuiu para que o resultado mostrasse não só o corpo dos bailarinos, mas também o coração.
Escolhas
Entre as escolhas de Olga, sobressai a de não vitimizar a eleita. Mesmo que sua escolha signifique a morte, a personagem abraça sua missão como uma honra. A bailarina bate no peito e sorri desafiadora enquanto é observada. Na mesma linha, o sábio que orienta o sacrifício ganha um protagonismo incomum em relação a 
outras montagens, exercendo ao lado da eleita uma polarização interessante para o palco.
O espectador curioso irá querer saber qual a distância entre esta versão e aquela histórica, de 1913, que quase pôs abaixo o Teatro Champs-Elisée, de Paris. “A distância é a de cem anos”, ironiza a criadora. A partir daquela base original, ela enxerga a evolução da própria dança.
“O Balé Guaíra acertou em escolher esta obra neste momento. É uma peça com a qual eles poderão viajar pelo país e quem sabe até para fora. Não sei de nenhum outro grupo brasileiro que tenha uma versão atualmente.”

domingo, 17 de junho de 2012

Balé Guaíra e Orquestra Sinfônica apresentam clássico de Stravinsky

O Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná compartilham o palco do Guairão para apresentar A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky. Com coreografia de Olga Roriz e regência do maestro Osvaldo Ferreira, o espetáculo será apresentado de quinta-feira (21) a domingo (24), com ingressos a R$ 10 e R$ 5.
A obra, que em 2013 completa cem anos, é considerada um dos marcos iniciais da modernidade. “Até hoje, a riqueza e a complexidade da Sagração causam surpresas ao primeiro contato com a obra, e é assim que esperamos emocionar o público nesta temporada”, diz a diretora-presidente do Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter.
A Sagração da Primavera estreou no Teatro dos Champs-Élysées, em Paris, em 1913. Na apresentação, coreografada pelo russo Vaslav Nijinsky, a obra foi idolatrada pelos vanguardistas, mas causou indignação nos mais conservadores por se tratar um grande ritual sacro-pagão. Na coreografia, velhos sábios sentados em círculo observam a dança mortal de uma adolescente sendo sacrificada para ser oferecida ao deus da primavera em troca de boas colheitas para a tribo.
A montagem que será apresentada pelo Balé Teatro Guairá se distancia em dois aspectos do conceito original, como explica Olga Roriz, coreógrafa do espetáculo: “O primeiro é o protagonismo incomum do personagem do Sábio, que ocupa posição relevante nesta versão, e o segundo é o fato de a personagem da eleita não ser tratada como uma vítima, no sentido dramático da questão. Ela se sente privilegiada por ter sido escolhida e dança sem medo”. Os cenários e figurinos são de Pedro Santiago Cal.
A diretora do Balé, Cintia Napoli, destaca o desafio de levar este espetáculo ao palco: “Compartilhar A Sagração da Primavera significa potencializar uma real interlocução entre o pensamento artístico do mundo moderno e o contemporâneo. Consolidando a atuação do Balé Guaíra como articulador da arte, levar este espetáculo ao palco é mais do que um compromisso, é um dever”.
No segundo semestre, o BTG realiza turnê com A Sagração da Primavera em sete cidades do Paraná.
Serviço: 
A Sagração da Primavera, com Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná.
Dias: de quinta-feira (21) a domingo (24)
Horário: 20h30 de quinta a sábado às 18 horas no domingo
Local: Guairão – Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Rua Conselheiro Laurindo, s/nº – Centro. Curitiba).
Ingressos: R$ 10. Meia-entrada conforme previsto em lei e desconto não cumulativo de 50% para associados do Cartão Teatro Guaíra.
Informações: (41) 3304 7982 | www.facebook.com/TeatroGuaira
Os ensaios dos dois grupos acontecem nesta segunda-feira (18), a partir das 19h30, e na terça e quarta, a partir das 20h30, sempre no Guairão.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A força feminina da Sagração de Olga Roriz

Por Maria Fernanda Gonçalves

Coreógrafa há 33 anos, a portuguesa Olga Roriz sempre ouviu de colegas do meio artístico que deveria criar sua própria versão para A sagração da primavera, obra eternizada por Igor Stravinsky (1882-1971) e Vaslav Nijinski (1890-1950), que estreou em 1913, em Paris.

Depois de muito relutar, acreditando que o balé já havia sido consagrado, tanto no original, quanto pelas mãos de Pina Bausch (1940-2009), que fez sua versão, em 1975, a diretora estreou, em 2010, sua recriação, com a companhia que leva seu nome, no Centro Cultural de Belém, Lisboa.

No trabalho, é possível ver a visão de mundo de Olga. Ela coloca a protagonista Eleita, por exemplo, na posição de mulher independente e forte, uma alusão ao possível papel das mulheres dos dias de hoje. Em junho, de 21 a 24, o público curitibano terá a oportunidade de conhecer a remontagem de A sagração da primavera, para o Balé Teatro Guaíra, companhia estatal do Paraná. A vinda do Olga ao País deve-se ao convite de Andréa Sério, que deixou a direção da companhia paranaense em fevereiro. O espetáculo terá o acompanhamento da Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro titular Osvaldo Ferreira, no Grande Auditório.

Olga coloca a protagonista Eleita na posição de mulher independente e forte, uma alusão ao possível papel das mulheres dos dias de hoje. Leia, a seguir, entrevista de Olga, em que ela fala da recriação em Portugal e também da remontagem, no Brasil, com bailarinos nacionais.

Qual foi seu primeiro contato com A sagração?

O tempo parece não ter passado desde que, ainda jovem, interpretei o papel da Eleita, do coreógrafo Joseph Russillo, no Ballet Gulbenkian. Foi muito forte na época, uma peça que musicalmente me impressionou, mas coreograficamente não me impressionou tanto. Eu era estagiária e fiquei feliz, era um privilégio. Foi minha primeira e última experiência com a peça, assim mesmo, física.

O que a inspirou a mudar de ideia e criar a sua Sagração?

Colegas da dança foram me convencendo de que eu poderia fazer uma coisa muito minha. Comecei a ouvir a música, apesar de ser uma pessoa que tem uma relação com a música muito distante. Não escolho as músicas para fazer coreografias, mas faço as coreografias e escolho as músicas depois. Na Sagração, o essencial é a música e o roteiro escrito pelo Stravinski. Ambos me serviam plenamente para dizer o que eu queria. Portanto, o que fiz foi ler uma série de coisas sobre A sagração, do ponto de vista do coreógrafo, e ler muito bem o roteiro. Também ouvir a peça... não muitas vezes. Gosto de ter uma sensação e deixar que fique na memória e um pouco colada à pele. Aos poucos, fui aceitando que eventualmente seria bom fazer uma Sagração. O fascínio e o respeito pela partitura foram determinantes para a minha interpretação, construção dramatúrgica e coreográfica da peça.

Como é a estrutura coreográfica da sua obra?

Concedi ao personagem do Sábio um protagonismo invulgar, sendo ele que inicia a peça. Ainda em silêncio e durante todo o prelúdio, ele habita o espaço solitário e vazio traçando nos seus gestos um percurso de premonição, antecipação e preparação. Eu dou um lugar primordial a ele, num solo, num agarrar do espaço, numa contenção de energia e uma destruição ao mesmo tempo, no qual ele vem a preparar o terreno para o ritual. Distanciando-se drasticamente do conceito original, a personagem da Eleita não é tratada como uma vítima no sentido dramático da questão. A minha Eleita sente-se uma privilegiada e quer dançar até sucumbir. Em nenhum momento sente-se obrigada ou castigada, nem o medo a invade. Ela expõe sua força e sua energia vitais lutando cegamente contra o cansaço, não quer ter nenhuma influência do exterior, não quer que nenhuma mulher a substitua, nem que nenhum homem a ajude, ela quer ser independente, cheia de força, comparável à mulher de hoje.

Não há grandes filosofias. É uma peça feminina, por causa desta mulher, cheia de paixão, de vitalidade e de uma cumplicidade de grupo grande, em que as aspirações em uníssono são algo muito forte. Ninguém sai, ninguém entra, portanto quando entra não sai mais. Mesmo quando há protagonismo, tanto da Eleita quanto do Sábio, todos estão ao redor vendo e ouvindo o que dizem.

Como está sendo o trabalho da remontagem com o Balé Teatro Guaíra?

Tive que fazer audição. Tinha uma ideia de quem escolher para o Sábio e a Eleita (serão interpretados por André Neri e Ane Adade). Mas não tinha escolhido o grupo de onze mulheres e dez homens. É uma dificuldade normal. E o tempo, muito pouco tempo – duas semanas – para montar A sagração, uma peça muito complexa musicalmente. E depois muito nova para eles fisicamente. Felizmente tenho minha ensaiadora, Silvia Rijmer, que dá aulas, ajuda a prepará-los física e tecnicamente. Não é fácil entrar numa companhia que não tenha relação com a linguagem do coreógrafo e não é de um dia para o outro que se consegue fazer. Acredito que eles vãodançar muito bem. São profissionais e estão com essas dificuldades de como fazer meus movimentos e os entender bem, e conseguir em curto espaço de tempo pôr em seu corpo uma técnica muito diferente.

Neste momento, eles têm uma força de vontade enorme, uma paixão pelo que fazem, boa energia. Diria que a cada dia entram mais na Sagração. O papel de Eleita é mais complicado, pois tem que ser uma mulher que esteja completamente conectada com minha linguagem. Tem que se ter uma força da natureza nesse papel. Além de compreender bem o que está dançando, tem que sobrepor isso e trazer sua personalidade, sua energia, tudo o que tem lá dentro emocionalmente. Para tanto, é preciso passar uma série de obstáculos técnicos. Depois disso, vai poder se desnudar completamente e, no caso do André, a mesma coisa. Minhas peças não são só físicas, têm muita vivência, muita criatividade. Pode-se ser muito inteligente, mas não ter ainda a matéria para poder trabalhar uma peça destas.

Como um bailarino/artista te inspira?

Eu trabalho sobre a pessoa, mais do que sobre o bailarino. Na minha companhia, os artistas são escolhidos pelo que são como pessoas e não pelo que são como bailarinos. Se eu consigo juntar as duas coisas é ótimo, sobretudo no lado criativo e na qualidade do movimento. Se há um conhecimento do corpo, esse é um material para poder comunicar aquilo que se quer. Uma pessoa sem vivências e sem cultura geral hoje em dia já não interessa a um coreógrafo. Eventualmente, é por isso que a maior parte das pessoas que trabalham em minha companhia tem mais de mais de 35 anos. Quantas vezes dei referências a bailarinos que não sabiam do que estava falando. Gosto de trabalhar com os problemas, os fantasmas, os medos, tudo o que o ser humano tem é tema de trabalho, e não o pezinho, a mãozinha e o bracinho.

"Colegas da dança foram me convencendo de que eu poderia fazer um balé muito meu"Eu inspiro a mim mesma, mas as pessoas fazem parte de mim. Elas me inspiram também porque já estão dentro de mim. A memória e as vivências estão aqui. Portanto, elas fazem parte do meu universo criativo.





terça-feira, 5 de junho de 2012

Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná se preparam para A Sagração da Primavera


Apresentações começam no dia 21 de junho no Guairão

Dois grupos artísticos mantidos pelo Teatro Guaíra se preparam para apresentar a montagem do balé A Sagração da Primavera, do compositor russo Igor Stravinsky. O Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) dividem o palco do Guairão nos dias 21, 22 e 23, às 20h30, e 24 de junho, 18 horas.

A Sagração da Primavera foi escrita em 1913 baseada em um sonho que o compositor teve com um grande ritual sacro-pagão. No rito, velhos sábios sentados em círculo observavam a dança mortal de uma adolescente que era sacrificada para ser oferecida ao deus da primavera em troca de boas colheitas.

A versão apresentada é da coreógrafa Olga Roriz, com cenários e figurino de Pedro Santiago Cal. A regência fica por conta do maestro da OSP, Osvaldo Ferreira.

Os ensaios dos dois grupos serão de 12 a 18 a partir das 19h30 e dias 19 e 20 de junho a partir das 20h30, sempre no Guairão.

Serviço

A Sagração da Primavera, com Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná

21, 22 e 23, às 20h30, e 24 de junho, às 18 horas

Guairão - Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Rua Conselheiro Laurindo, s/nº – Centro. Curitiba).

Ingressos: R$10. Meia-entrada conforme previsto em lei e desconto não cumulativo de 50% para associados do Cartão Teatro Guaíra.

Informações: (41) 3304 7982
www.facebook.com/TeatroGuaira

Fonte: CCTG

terça-feira, 24 de abril de 2012

1ª Bienal Internacional de Dança de Curitiba


Quatro companhias curitibanas se apresentam nesta terça-feira (23) na 1ª Bienal Internacional de Dança da capital paranaense. O Balé Teatro Guaíra, a G2 Cia. de Dança, a Cia. de Dança Masculina Jair Moraes e a Téssera Cia. da Dança realizam espetáculos no Teatro da Reitoria, no palco do Guairinha e também na parte externa do Teatro Guaíra, no centro da cidade. O evento começou no domingo (22) e segue até o domingo (29). O primeiro espetáculo desta terça é o “Só em Acapulco”, que será levado ao palco da Reitoria, às 18h, pela Téssera Cia. de Dança, ligada à Universidade Federal do Paraná. A montagem é inspirada na estética do dramaturgo alemão Bertolt Brecht e coordenada pelos coreógrafos Rafael Pacheco e Cristiane Wosniak, a Téssera. A Cia. de Dança Masculina Jair Moraes, que é a primeira companhia com corpo de baile exclusivamente masculino do Brasil, apresenta a coreografia “Corpos Ação Movimento e Só”. Também no Teatro da Reitoria, a apresentação é fundamentada em técnicas de dança clássica e contemporânea, com elementos coreográficos específicos para homens. saiba mais Incrições para a 1ª Bienal Internacional de Dança seguem até domingoÀs 19h30, no auditório Salvador de Ferrante (Guairinha), será a vez da G2 Cia. de Dança mostrar o espetáculo “Blow Eliot Benjamin”, com direção de Cleide Piasecki. A montagem retrata momentos e reviravoltas da vida de pessoas comuns, abordando histórias incomuns e o aspecto transitório e fugaz da existência humana. O último espetáculo da noite ficará a cargo do Balé Teatro Guaíra, que a partir das 20h30 ocupa a área externa do Guairão para apresentar a montagem “Coreografias para ambientes preparados”, sob a direção de Carmem Jorge, com 27 bailarinos. Veja a programação desta terça-feira (24) da Bienal Internacional de Dança de Curitiba: Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1299), às 18h • “Só em Acapulco” – Téssera Cia. de Dança • “Corpos Ação Movimento e Só” – Cia. de Dança Masculina Jair Moraes Guairinha – Auditório Salvador de Ferrante (Rua XV de Novembro, 971), às 19h30 • “Blow Eliot Benjamin” – G2 Cia. de Dança Teatro Guaíra - parte externa (Rua Conselheiro Laurindo, s/n), às 20h30 • “Coreografias para ambientes preparados” – Balé Teatro Guaíra Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10. Mais informações no site da Bienal de Dança.

terça-feira, 13 de março de 2012