quarta-feira, 16 de julho de 2008

Grupo refaz Romeu e Julieta em versão bailada






Dança. Cia. Ballet de Londrina comemora 15 anos com Decalque, que será mostrado hoje do Palácio das Artes

Marcelo Miranda

A eterna tragédia de Romeu e Julieta volta a ser inspiração para um espetáculo dos palcos, desta vez um balé que busca a todo instante não "entregar" a fonte de adaptação. Explica-se: "Decalque", nova apresentação da Cia. Ballet de Londrina, assume o diálogo com o texto de William Shakespeare para, à sua forma, desvirtuá-lo. "É um espetáculo que não tem nenhum protagonista chamado Romeu ou Julieta.

Todos os bailarinos, em algum momento, interpretam esses dois personagens", diz Leonardo Ramos, criador e diretor de "Decalque", coreografia em cartaz hoje em Belo Horizonte. O nome da apresentação, aliás, surgiu a partir da vontade da companhia de colocar no palco, ao longo de 60 minutos, uma espécie de reflexo e reflexão do que seria a visão particular do grupo em cima da obra do bardo inglês.

"A idéia de decalque a partir do original veio num sentido de transposição, de colocá-lo dentro do contexto da dança e do movimento", explica Ramos. "Queríamos narrar algumas emoções a partir dessa noção do balé." Para tanto, a Cia. Ballet de Londrina escolheu uma maneira especial de se adequar à própria proposta: fazer de "Decalque" um espetáculo basicamente colado ao chão - algo razoavelmente surpreendente em se tratando do tipo de dança desenvolvido pelo grupo. Desta vez, é a horizontalidade que dá forma ao balé.

"Praticamente 70% do espetáculo está ‘preso’ ao chão", comenta o diretor. O que é conhecido como o deslocamento convencional do corpo (via pernas e pés) abre espaço para mãos, braços, joelhos, cotovelos e o impulso proporcionado pelo corpo do outro - tudo acompanhado pela composição homônima à inspiração ("Romeu e Julieta") composta pelo russo Sergei Prokofiev.

"Decalque" marca 15 anos de trajetória da Cia. Ballet de Londrina. "É um espetáculo singular para a data, tanto por conta da nossa forte pesquisa quanto pelo amadurecimento contínuo de toda a equipe", exalta Ramos. No período de atuação, a companhia paranaense, formada por dez bailarinos, realizou 20 espetáculos, nove turnês nacionais e sete viagens internacionais, num total de 400 apresentações para aproximadamente 100 mil pessoas. Especificamente

"Decalque" já esteve em Natal (RN), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Maceió (AL), Salvador (BA) e Lima, no Peru.

Agenda o que: "Decalque", da Cia de Ballet de Londrina quando: hoje, às 21h ONDE: Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537) quanto: R$ 10 (inteira)

Ballet de Londrina se apresenta hoje em Belo Horizonte



Marcello Castilho Avellar - EM Cultura

Leonardo Ramos, diretor do Ballet de Londrina, é maníaco por Romeu e Julieta. A história celebrizada por William Shakespeare já o inspirou em três balés. … & …, criado em 1996, e 2 e nada mais (1998) foram apresentados em BH em outras temporadas. Decalque, trabalho mais recente da companhia, será mostrado hoje à noite, no Grande Teatro do Palácio Artes, trazendo ao público de Minas o novo capítulo da obsessiva paixão do coreógrafo pelo clássico.

Como nas obras anteriores, a primeira influência ocorre na trilha. … & … era dançado ao som da cena do balcão do Romeu e Julieta de Sergei Prokofiev. A música de 2 e nada mais era formada por fragmentos de West Side story, de Leonard Bernstein – musical que transpõe para a Nova York de meados do século passado o drama dos amantes de Shakespeare. Em Decalque, o balé de Prokofiev fornece, novamente, a base musical. Mas a coreografia não pretende contar mais uma vez a história dos amantes, mesmo se de suas imagens podem surgir impressões dela.

É que o Ballet de Londrina embarcou, há dois anos, na viagem que anda obcecando boa parte das companhias brasileiras de dança contemporânea: a investigação do movimento. O grupo, depois de anos criando novas combinações para os elementos da base clássica de seus bailarinos, resolveu radicalizar. Passou as últimas duas temporadas pesquisando eixos de equilíbrio e apoios para locomoção. A escolha do Romeu e Julieta de Prokofiev se deu porque o Ballet de Londrina percebeu afinidades entre ela e seu novo repertório de movimentos. Se levarmos em conta as críticas que o espetáculo vem recebendo em suas apresentações, o grupo, mais uma vez, está no caminho certo.

O Ballet de Londrina tem 15 anos de idade. Ao longo desse período, afirmou-se como experiência incomum no campo das companhias públicas de dança, conseguindo continuidade estética e ideológica apesar das mudanças na política do município paranaense, responsável por boa parte dos recursos que o sustentam. Escapou, também, de muitos dos obstáculos administrativos e trabalhistas que a burocracia do poder público brasileiro costuma colocar diante dos grupos artísticos que mantém. Soma-se a isso um projeto de inserção social, que vai da participação dos bailarinos na educação artística da comunidade a apresentações populares, e é fácil verificar por que o grupo conseguiu, ao longo de sua existência, afirmar-se como via alternativa para a dança longe das grandes metrópoles do país.

BALLET DE LONDRINA
Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro)
Quarta-feira, 21h. Ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

“Decalque” volta aos palcos, agora em Minas Gerais



Serão duas apresentações, uma em Belo Horizonte, hoje (dia 16) e a outra em Ouro Preto, amanhã (dia 17), no Festival de Inverno da cidade

Da Redação
n.com@sercomtel.com.br

No ano em que completa 15 anos de história, o Ballet de Londrina se consolida como uma dos principais companhias de ballet contemporâneo do Brasil. O grupo retornou, há duas semanas, de mais uma etapa de sua turnê, com o espetáculo “Decalque”, que passou pela cidade do Rio de Janeiro e pela 20ª edição do Festival Danza Nueva, na cidade de Lima, capital do Peru. O grupo se apresenta hoje (dia 16) e amanhã (dia 17), em Minas Gerais.

A apresentação de hoje será em Belo Horizonte, no Palácio das Artes. “Em Belo Horizonte será um desafio diferente. Se no Rio as apresentações foram para um público fechado que ficava perto da gente, na capital mineira a apresentação será em um dos maiores teatros do Brasil”, declarou o diretor do grupo, Leonardo Ramos. Segundo ele, Belo Horizonte é a última “capital de peso” que o “Decalque” ainda não foi apresentado. Na quinta-feira, a apresentação do grupo será em Ouro Preto, no Festival de Inverno.

“A cada passo dado, o grupo tem sido melhor recebido e tem se aperfeiçoado ainda mais”, declarou o diretor do Ballet. No Peru, “Decalque” foi apresentado quatro vezes entre os dias 22 e 24 de junho, tendo, entre os espectadores o embaixador dos Estados Unidos no Peru, James Curtis Strubble. “Voltamos a Lima 10 anos depois da última apresentação e a receptividade ainda foi ótima. Tivemos seqüências de aplausos de cinco minutos”, disse Ramos.

No Rio de Janeiro, uma semana antes, o grupo se apresentou durante quatro dias e também foi bem recebido pelo público e pela crítica. Na agenda do Ballet de Londrina está ainda Campinas, no dia 21 de agosto (1ª apresentação do atual espetáculo naquela cidade). Há também, conforme Leonardo Ramos, o convite para o Festival Bienal de Dança na Costa Rica, em 2010. “Ainda não confirmamos a participação na Costa Rica porque ainda está muito longe, mas o convite é um reconhecido do bom trabalho do grupo”, comentou.

“2008 está sendo um ano de muitas conquistas para o Ballet de Londrina. Nos apresentamos no Brasil todo, desde Alegrete, no Rio Grande do Sul; até Natal, no Rio Grande do Norte. Houve apresentações também em várias cidades do Paraná e muitas capitais pelo Brasil afora”, analisou. Segundo o diretor, há uma proposta do Sesc de São Paulo para que o grupo realize espetáculos em várias cidades do interior de São Paulo, após o Festival de Dança de Londrina, em outubro.
(Londrina, 16 de julho de 2008)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Decalques de Romeu e Julieta














Enquanto ocorriam os debates do 1º Fórum de Dança e 2º Encontro de Companhias Públicas, sediados em Belo Horizonte, ao longo de três dias de setembro passado, Lúcia Camargo já prometia nos trazer «Decalque». A promessa da presidente da Fundação Clóvis Salgado finalmente se cumpriu: o espetáculo da Cia Ballet de Londrina faz apresentação isolada no Grande Teatro do Palácio das Artes, às 21 horas desta quarta-feira.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Ballet de Londrina - Decalque, dia 17/07/2008 às 20h30m no Centro de Artes e Convenções da UFOP







Ballet de Londrina - Decalque
Duração: 60min – Classificação: livre
Local: Teatro Ouro Preto - Centro de Artes e Convenções da UFOP – Ouro Preto - Data: 17-07-2008 - Horário: 20h30min

Ballet de Londrina se apresenta em Belo Horizonte



Silvia Dalben - Portal UAI

O Ballet de Londrina vem a Minas Gerais para apresentar o espetáculo “Decalque”, que comemora os 15 anos da companhia. Na quarta-feira, 16 de julho, o ballet é destaque no Palácio das Artes, e na quinta, eles se apresentam no Teatro de Ouro Preto como parte da programação do Festival de Inverno.

“Decalque” é o resultado de uma pesquisa que busca trabalhar novos e diferentes eixos de equilíbrio e apoios para locomoção. Nesta montagem, eles buscam inspiração na música “Romeu e Julieta”, de Prokofiev, e contam a história deste clássico de Shakespeare. O espetáculo explora aspectos universais vividos pelos personagens, como a questão do destino, da solidão, da paixão, da proibição e da morte.

O público percebe algumas referências do enredo e descobre que não há apenas um Romeu e uma Julieta. Os bailarinos se revezam em diversas combinações sem perder o foco no objetivo principal, o movimento.

Sobre a companhia

O Ballet de Londrina é um grupo profissional de dança contemporânea formado por 12 bailarinos. Criada há 15 anos, em convênio entre a Funcart e o município, a companhia já montou e apresentou 21 espetáculos de dança contemporânea, fez 11 turnês nacionais, 8 viagens internacionais, totalizando mais de 400 apresentações para um público aproximado de 150 mil pessoas.

DECALQUE – Ballet de Londrina
16/07 às 21h no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537)
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada)
Informações: (31) 3236-7400

17/07 – Teatro de Ouro Preto na programação do Festival de Inverno